Debates

O Vaticano e a Política da Paz: Da Pacem in Terris à Populorum Progressio

A Guerra Fria moldou relações de poder e destacou a diplomacia do Vaticano, que buscou unir ética e política. O Papa João XXIII e seu sucessor, Paulo VI, enfatizaram a paz e a justiça social, promovendo um papel humanizador da Igreja na política global e defendendo princípios universais, apesar de tensões com regimes autoritários.

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O Estado do Vaticano e a Santa Sé: Distinções Jurídicas e Políticas no Sistema Internacional

O Estado da Cidade do Vaticano e a Santa Sé, apesar de frequentemente confundidos, têm naturezas jurídicas distintas. O Vaticano é o território que assegura a soberania do papado, enquanto a Santa Sé é a autoridade central da Igreja Católica, atuando como um importante ator diplomático e mediador em relações internacionais e conflitos.

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Papa Francisco, capitalismo e movimentos populares

O Papa Francisco se destacou por uma crítica profunda ao sistema capitalista, defendendo não apenas reformas, mas uma verdadeira mudança de sistema. Em encontros com movimentos populares, ele denunciou a lógica do lucro a qualquer custo, que gera exclusão social, destruição ambiental e uma “cultura do descarte”. Francisco propõe uma alternativa baseada nos “três T” – trabalho, teto e terra – e no protagonismo das maiorias excluídas na construção de uma sociedade mais justa. Em vez de ocupar espaços de poder, ele defendeu gerar processos de transformação que priorizem o bem comum, os direitos humanos e a harmonia com a natureza. Inspirado em Francisco de Assis, o Papa rompe com o antropocentrismo e propõe uma economia da fraternidade entre todos os seres. Sua voz se tornou referência ética e política entre os que lutam por dignidade, justiça social e ambiental.

Notícias

Francisco, o papa que confrontou a indiferença

O pontificado de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, primeiro latino-americano e jesuíta a liderar a Igreja Católica, foi marcado por doze anos de reformas institucionais, protagonismo internacional e um estilo pastoral voltado à simplicidade, à paz e à justiça social. Sua atuação destacou-se pela crítica ao neoliberalismo, defesa dos migrantes, apelos à paz global e combate à crise ambiental, notadamente expressos nas encíclicas Laudato Si’ e Fratelli Tutti. Internamente, promoveu mudanças estruturais, como a reforma da Cúria Romana com a Praedicate Evangelium, ampliou o espaço para leigos e mulheres em posições de liderança e assumiu posição mais inclusiva diante de minorias e dos escândalos de abuso sexual na Igreja. Sua diplomacia de princípios aproximou a Santa Sé do diálogo inter-religioso e das causas sociais contemporâneas. Com sua morte em abril de 2025, após uma última bênção marcada por apelos à paz mundial, a Igreja enfrenta agora o desafio de escolher um sucessor que possa dar continuidade — ou não — a esse legado de abertura e engajamento com os “condenados da terra”.

Debates

Esperanças renovadas para o catolicismo na China através de uma nomeação surpresa

No último dia 9 de julho, após celebrar o Angelus, oração que remete ao momento da Anunciação do Anjo Gabriel a Maria e é realizada dominicalmente na Praça São Pedro, o Papa Francisco anunciou um Consistório para a criação de 21 novos cardeais. A informação da assembleia cardinalícia, que ocorrerá no dia 30 de setembro, chegou como uma considerável surpresa mesmo para os vaticanistas mais atentos. Francisco tem promovido reformas estruturais relevantes em uma Igreja que cada vez tem mais dificuldade em manter sua relevância de outrora, mas poucos poderiam apostar que em uma só tacada o Sul Global viria com tanta força ao Colégio de Cardeais.

Debates

Dimensões religiosas do populismo: o sagrado, o sobrenatural e o escatológico

O populismo é um estilo espiritual de fazer política. Se trata de um “estilo político” e não um sistema ideológico fixo. Considerando uma ampla gama de casos populistas ao redor do mundo, podemos identificar três elementos quase religiosos do estilo populista que vão além de meros interesses racionais: o sagrado, o sobrenatural e o apocalíptico, ou escatológico. Esses três aspectos espirituais não estão presentes em todos os casos, mas cada um pode nos ajudar a entender o estranho apelo do populismo.

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Estudantes do CEPRIR marcam presença nos grandes eventos nacionais de Relações Internacionais

Evidência da expansão do campo de estudos da Religião e Relações Internacionais, assim como da consolidação do Centro de Estudos em Política, Relações Internacionais e Religião, diversos estudantes que compõem grupos vinculados ao CEPRIR estiveram presentes nos principais eventos de Relações Internacionais do país, nos últimos dias.

Notícias

Lançado o podcast “Religiões e Relações Internacionais”

O Centro de Estudos em Política, Relações Internacionais e Religião convida você a escutar o Podcast “Religiões e Relações Internacionais”, o primeiro podcast do CEPRIR. O programa foi idealizado pela Profa. Dra. Anna Carletti e produzido pelos discentes da disciplina de Religiões e Relações Internacionais, do sétimo período do curso de RI da Universidade Federal do Pampa